Certas vezes observamos o planeta terra e nos deparamos com fatos desprezíveis e revoltantes, os vermes corroem os espíritos, e os poucos que restam estão confusos entre o amor ao material e à que realmente lhe valem o amor. Lembro das palavras do sábio filósofo Nietzsche:
"...olhar a vida sem cobiça, e não como cães, com a língua de fora. Ser feliz na contemplação, com a vontade morta, isento de capacidade e de apetite egoísta, frio de corpo, mas com os olhos embriagados de lua... amar a terra como a luz a ama, e tocar na sua beleza apenas com os olhos. Eis o que eu chamo o imaculado conhecimento de todas as coisas: não querer das coisas mais do que poder estar diante delas."
E há outros que a si mesmo julgam superiores, aspiram títulos de homens honrados porém desconhecem o significado de lealdade, fidelidade e pureza. Vejo então a submersão de valores feita por poetas hipócritas e o amor por aquilo que nos regride.
"Lídia, ignoramos. Somos estrangeiros
Onde que quer que estejamos.
Lídia, ignoramos. Somos estrangeiros
Onde quer que moremos, Tudo é alheio
Nem fala língua nossa.
Façamos de nós mesmos o retiro
Onde esconder-nos, tímidos do insulto
Do tumulto do mundo.
Que quer o amor mais que não ser dos outros?
Como um segredo dito nos mistérios,
Seja sacro por nosso."
Obs.: "Onde esconder-nos, tímidos do insulto..." Não está relacionado a um ato de covardia e sim aos muros que construímos ao redor de nossos espíritos - que bem sabem quem os têm sobre a necessidade e vantagem. Obra de Ricardo Reis.
Admirar e Negar
"Pode alguém ser feliz neste mundo, se despreza o mundo?"
Não, mas quem deseja ser o dono do mundo é infeliz.
"Muitas vezes ocorre uma queda em meus pensamentos - uma queda que se fosse possível controlar o turbilhão de idéias, criticas, hipóteses, idealismos que alastram-se em minha mente em todo o tempo por mais curto que seja, não ocorreria – e penso tanto que chego a locais inúteis nos quais perco tempos e me ponho a escrever. Inúteis, mesquinhos, superficiais... Para mim. Para mim que não faço trocas, e que não me incluo entre a minoria que de tudo isto tira o seu ouro. Um fio de luz e outro em meio à escuridão iluminam o caminho, difícil, eles têm a intenção de nos tornar meros ratos escondidos em buracos, encurralados no meio de suas leis “DEMO-cráticas”. Mas não conseguem. Ah! Eles não conseguem. Sua natureza é tão suja, tão animal, que vivem a se contradizer, e não conseguem formar o crime perfeito, não conseguem enganar de forma total, mas sim, eles conseguem por meio de seu “jeitinho” entorpecer e por meio de sua alma negra obscurecer. Mas aqui estamos nós, observando do alto, sobrevoando a escura névoa que roda a multidão. Para eles, Eles morreram, e nós somos mera poeira que há de ser varrida em breve... Ah! Eles se enganam. Nós nunca morreremos, não é de nossa natureza. E a Areia que eles varrem é a matéria que nada importa, nosso sangue está nas Asas! Na imensidão! Sobrepujam a este mundo." E.W.