Friedrich Nietzsche, Aurora
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segunda-feira
A PURIFICAÇÃO DA RAÇA
Não há provavelmente raças puras, mas somente raças depuradas e estas são extremamente raras. O que há de mais difundido são as raças mistas, nas quais, ao lado dos defeitos de harmonia nas formas corporais (por exemplo quando os olhos e a boca não combinam) se encontra necessariamente defeitos de harmonia nos hábitos e nos juízes de valor. (Livingstone: Deus criou os brancos e os negros mas o diabo criou os mestiços) As raças mistas produzem sempre, ao mesmo tempo que culturas mistas, moralidades mistas: são geralmente mais maldosas, mais cruéis, mais instáveis. A pureza é o resultado final de inumeráveis assimilações, absorções e eliminações, e o progresso em direção a pureza se manifesta no fato que a força presente numa raça se restringe, cada vez mais, a algumas funções escolhidas, enquanto antes tinha de realizar com muita freqüência muitas coisas contraditórias: semelhante restrição terá sempre aparências de empobrecimento e não se deve julga-la se não com prudencia e moderação. Mas finalmente quando o processo de purificação obteve exito, todas as forças que outrora se perdiam na luta entre as qualidades sem harmonia, se encontram agora a disposição do conjunto do organismo: é por isso que as raças depuradas se tornaram sempre mais fortes e mais belas. Os gregos nos ofereceram o modelo de uma raça e de uma cultura assim depuradas: DEVEMOS ESPERAR QUE A CRIAÇÃO DE UMA RAÇA E DE UMA CULTURA EUROPEIA PURA TENHA IGUALMENTE EXITO UM DIA.