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quarta-feira

As árvores nos cultos ancestrais

No centro do cosmo nórdico há um freixo, chamado Yggdrasil, que cresce para fora do poço de Urd. Os Nove Mundos estão nos ramos e raízes da árvore. O seu nome pode parecer um pouco estranho por significar “o freixo do cavalo de Yggr" (Yggr é um nome para o deus Odin), mas tudo faz sentido quando se considera que a árvore é um meio de transporte entre os mundos. O nome do cavalo de Odin/Wotan é Sleipnir, então segundo essa mitologia, Odin cavalga Sleipnir para cima e para baixo pelo tronco, e por meio de seus ramos em suas viagens, freqüentes, ao longo dos nove mundos.


Assim como havia o Irminsul para os saxões, sendo o “pilar cósmico”, o eixo do mundo: a conexão entre o céu e a terra.


       

Para os celtas as árvores também possuíam grande valor, pois enxergavam nelas o poder dos Deuses, e os próprios bosques eram seus templos... Algumas árvores tinham significados diferentes como o carvalho (que era uma árvore sagrada) era ligado à sabedoria, o freixo estava ligado à proteção, e o salgueiro estava ligado às divindades da água.

E nós vamos encontrar até no contexto mesoamericano aspectos muito semelhantes, por incrível que possa parecer. No contexto deles, as árvores do mundo representam os quatro pontos cardeais, os quais também servem para representar a natureza quadripartida de uma árvore do mundo central;  um axis mundi simbólico que liga os planos do submundo e do céu com o do domínio terrestre. São encontradas representações de árvores do mundo, tanto no seus aspectos direcionais como centrais nas artes e tradições mitológicas de culturas como a dos maias, astecas, Izapana, mixtecas, olmecas e outras. 
Entre os maias, a árvore do mundo central era concebida na forma de uma árvore de Ceiba, e é conhecida como wacah chan ou yax imix che, dependendo da língua maia. O tronco da árvore podia também ser representado por um caimão ao alto. Supõe-se que os sítios e centros cerimoniais mesoamericanos tinham frequentemente árvores plantadas em cada um dos pontos cardeais, representando o conceito da quadripartição.
As árvores do mundo apresentam frequentemente aves nos seus ramos, e as suas raízes estendem-se na terra ou água (por vezes sobre um "monstro da água", simbolizando o submundo).   


Retornando alguns milênios de anos na história, vamos encontrar na Suméria a árvore Huluppu, “a árvore da vida de Inanna”. Que a própria  Deusa plantou em seu jardim sagrado, que foi defendida pelo valente guerreiro Gilgamesh,  que matou a serpente que havia se alojado em suas raízes, afastou o pássaro Anzu e a sombria Lilith, livrando a árvore desses três males.


Se pesquisarmos nos demais povos pelo mundo, encontraremos resquícios de árvores sagradas em muitas mitologias. Mas a que isso se deve? A que realmente se relaciona isso?

Incrivelmente há muita sabedoria escondida nas mitologias antigas, que relacionamos com a ciência moderna.




Pares ou aglomerados de galáxias, interligadas.
"Odin cavalga Sleipnir para cima e para baixo pelo tronco, e por meio de seus ramos"



Pilares Cósmicos - Pilares da Criação (nuvens cósmicas onde hidrogênio, plasma e poeria dançam em ritmos quase eternos e em proporções quase inimagináveis para fazer despertar as mais novas estrelas)


A Via Láctea como um grande pilar ou caminho

A estrutura do universo

A estrutura de uma árvore